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Infância, Redes e Risco

  • Foto do escritor: Álvaro Capute
    Álvaro Capute
  • 17 de abr.
  • 2 min de leitura

Texto de minha autoria, publicado no Jornal de Brasília.


A morte da pequena Sarah Raíssa, de apenas 8 anos, após participar do “desafio do

desodorante”, escancara a urgência de proteger nossas crianças do ambiente digital

descontrolado. Tragédias como essa não são casos isolados. São consequências da

omissão coletiva diante de conteúdos perigosos que circulam livremente nas redes sociais,

muitas vezes, dentro do próprio quarto de casa.


Renato Rocha

Vivemos em uma era em que a tecnologia avança mais rápido do que nossa capacidade de

regulá-la. Enquanto isso, crianças e adolescentes — em plena fase de desenvolvimento —

se tornam alvos fáceis de conteúdos criados para viralizar a qualquer custo. “Brincadeiras”

que envolvem risco à vida, como inalar aerossóis ou se autoferir, se espalham como

entretenimento. E são promovidas por algoritmos que priorizam o engajamento, não a

educação.


É preciso agir. As plataformas digitais devem ser legalmente obrigadas a identificar e

remover conteúdos nocivos com agilidade e responsabilidade. Os pais, por sua vez,

precisam de ferramentas eficazes de controle e orientação, mas também de capacitação. E

nossas escolas devem preparar os alunos para os desafios do mundo virtual, alfabetizando

emocional e digitalmente.


Como fundador do projeto Justiça Para Todos, acompanho de perto os impactos do

abandono digital. A dor da família de Sarah deve ser um marco. A infância precisa ser

território de proteção e não de algoritmos mortais.


Proteger nossas crianças não é apenas um dever familiar, é um compromisso de toda a

sociedade. É hora de envolver o Judiciário, o Legislativo, os educadores, a imprensa e as

empresas de tecnologia em um pacto urgente pela vida. Não podemos mais assistir

passivamente enquanto os algoritmos decidem o que nossos filhos consomem. A infância

exige presença, regulação e responsabilidade coletiva.

 
 
 

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